O TRATAMENTO
Sonhei que havia morrido...
E, nas Pompas que ocorreram,
Foram meus entes queridos,
Aqueles que, mais sofreram.
Lamentei pelo momento,
Sem poder mudar o fato,
Pois, parti pro firmamento,
Quase que, de imediato.
Ao chegar, eu fui levado
A encher um “catatal”,
Para ser reiniciado
Na Loja Celestial.
A um Templo, fui conduzido,
Tendo os olhos bem abertos,
Fiquei pasmo, aturdido,
Quando vi os dois Expertos.
Eram Jesus e João
Que, de pronto, me telharam.
Segurando a minha mão,
Com presteza, me levaram
Colocado no Oriente
Senti-me mais inquieto...
O Venerável presente
Era o Grande Arquiteto.
Eu O tratei com respeito,
Chamando-O de Soberano,
Mas, Ele, como muito jeito.
Disse-me, então, “que era engano”.
Fiquei até ansioso,
E, então, O tratei de Eminente!
“Nem me chame Poderoso”,
Respondeu-me sorridente.
“Na Loja do Firmamento,
A humildade é bem sagrado
E o nosso tratamento
É somente Irmão Amado”.
De repente, eu acordei,
E me encontrava absorto.
À realidade, voltei...
Que pena, não estar morto.
Acadêmico Ir.: Hever da Silva Nogueira – Cadeira nº 13 – Patrono : Ir.: Kurt Prober.
Este poema faz parte do livro "A Arte Real em Poesias".